Eu
já quis me reinventar, jogar no lixo todo o “meu eu” que não deu certo e partir
pra outra.
Já
mudei a cor do cabelo, o corte, já quis até passar a máquina zero mas o
pouquinho de sanidade que eu tenho não me permitiu, já cortei minhas unhas bem
curtinhas pra crescerem juntas numa nova fase , já troquei todos os meus
e-mails e perfis sociais achando que me trocaria, mas não, eu continuo sendo a
mesma. Talvez numa versão mais problemática.
Já
amei duas vezes mas nunca tive a sorte de ter sido amada. Já fui (e sou)
desejada, muitas vezes. Por um tempo aquele desejo todo me supria como uma mãe
que supri o filho com seu leite, mas depois foi tudo se desgastando e eu me
encontrei numa existência superiormente elevada. Mas na busca de carinho, de
aconchego. De alguém ou alguma coisa pra me fazer feliz.
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