quinta-feira, 21 de junho de 2012

Sem limites



Ter limites, porque isso sempre foi tão difícil para mim? Porque eu sempre quis mais e mais? Porque eu sempre quis experimentar de tudo e ter uma vida louca e desregrada?
Será que a psicose explica?! Não, não seria capaz de tamanha proeza. Coisas sem explicações, ou melhor, coisas que não cabe a nós, meros mortais saber.
Como se fosse uma formula secreta, que só o criador tem o poder. A vida é como se fosse uma formula secreta, que não conseguimos decifrar.
Por que uns sofrem mais que os outros? Porque uns morrem para outros viver?

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Na busca de aconchego...


Eu já quis me reinventar, jogar no lixo todo o “meu eu” que não deu certo e partir pra outra.
Já mudei a cor do cabelo, o corte, já quis até passar a máquina zero mas o pouquinho de sanidade que eu tenho não me permitiu, já cortei minhas unhas bem curtinhas pra crescerem juntas numa nova fase , já troquei todos os meus e-mails e perfis sociais achando que me trocaria, mas não, eu continuo sendo a mesma. Talvez numa versão mais problemática.
Já amei duas vezes mas nunca tive a sorte de ter sido amada. Já fui (e sou) desejada, muitas vezes. Por um tempo aquele desejo todo me supria como uma mãe que supri o filho com seu leite, mas depois foi tudo se desgastando e eu me encontrei numa existência superiormente elevada. Mas na busca de carinho, de aconchego. De alguém ou alguma coisa pra me fazer feliz.


terça-feira, 19 de junho de 2012

Isso vai me anestesiar



Se sentir sozinha faz parte.  Abrir os olhos e não ver ninguém, gritar o mais alto que consegue e não vir ninguém.
Eram 3:00 hs da manhã de uma terça-feira, eu não tinha pregado o olho, só pensava no telefonema que não tinha recebido, no abraço que nunca tinha ganhado, no olhar que nunca me arrepiou. Me lembrei daquela garrafa de whisky que estava escondida junto a minhas coisas. Estava praticamente cheia, coloquei o whisky em um copo que estava espalhado pelo meu quarto.
A primeira dose entrou e uma lágrima saiu.
“Isso vai me anestesiar , isso vai me anestesiar.”
Eu pensava em cada dose que descia, que caia no meu estomago, na minha carcaça viva.
Chorar não adiantava mais então partia pras lâminas, que me cortavam, que tiravam meu sangue, me deixando mais leve.
O que me transformou numa pessoa assim? O que me deixou sem alma, sem felicidade?
Ter 19 anos e não saber pra onde ir é pior do que ter 3 anos e não ter uma mão pra segurar.
Meu defeito talvez seja idealizar demais, talvez seja confiar.